Encontro Temático 1

Primeiro Encontro Temático discute marca e publicidade institucional

O potencial simbólico da marca, a responsabilidade sobre o seu uso e a força da unidade sintetizam a abordagem pela melhoria das rotinas de comunicação na UFG 

Texto: Silvânia Lima

Fotos: Carlos Siqueira

A marca vai muito além de uma representação sintética e visual de uma organização. O simbolismo em torno dela é capaz de consolidar uma imagem, extrapolando barreiras físicas e temporais, e fixando no imaginário coletivo uma ideia sobre o que representa. Sabemos da importância de uma marca, especialmente na sociedade atual das comunicações rápidas. O que talvez ainda não saibamos é que a marca é construída por quem faz e vive o que ela representa. No caso de uma instituição pública como a UFG, fortalecer a instituição também passa pela valoração de sua marca. É preciso atribuir valor a ela.

O assunto foi largamente debatido no primeiro Encontro Temático da Política de Comunicação da UFG, que teve como tema A Publicidade Institucional e a Gestão da Marca Institucional, ocorrido na última quinta-feira, 1/9, na Faculdade de Comunicação e Informação (FIC). Os professores Cleomar Rocha, da Faculdade de Artes Visuais (FAV) e coordenador do Media Lab, e Letícia Segurado Cortês, professora da FIC e coordenadora de Publicidade Institucional da Secretaria Municipal de Saúde, foram convidados a debater o assunto em mesa coordenada por Leandro Pinho, coordenador de Publicidade Institucional da UFG. Trata-se do primeiro de uma série de encontros semanais, nos meses de setembro e outubro, que visam discutir temas das rotinas de comunicação da Universidade, numa promoção do Grupo de Trabalho da Política de Comunicação da UFG.

Cleomar Rocha falou sobre os fundamentos da revitalização da identidade visual da UFG, ocorrida em 2007, e a normatização do uso presente no Manual da Marca UFG. "Somos todos UFG, é isso o que nos une e seremos mais fortes na medida em que contribuímos para seu fortalecimento, a começar pelo cuidado e valoração da marca. A ausência de uma marca forte fragiliza a imagem percebida da instituição e estimula a figura da desagregação", disse. E, por fim, o professor lembrou que "uma marca forte valida e dá peso a todos os currículos".

Partindo do princípio de que a instituição forma valor em torno de sua marca, o professor ressaltou a relação dela com a identidade institucional, a partir de um padrão a ser adotado por toda a Universidade. Como exemplo, Cleomar Rocha evidenciou a necessidade de um padrão de uso da marca institucional nos sites de unidades e órgãos, que se apresentam de formas distintas.  Citou o Portal UFG, que passou por reformulação, como um exemplo positivo e conclui que é preciso normalizar e investir na gestão das páginas institucionais. A padronização favorece não só o aspecto da unidade institucional, mas também o da comunicação com os diversos públicos: "Sem padrão para os menus e uso indistinto de siglas, tornamos nossos sites um instrumento hermético, voltado apenas para o público interno". A falta de atualização dos conteúdos informativos e noticiosos nesses sites foi outro problema citado, de forma bastante preocupante.

Encontro Temático 1

Professor Cleomar Rocha (FAV/Media Lab) ressaltou a importância de padronizar a marca institucional nos sites de unidades e órgãos da UFG

Atualmente, a UFG conta com cerca de 400 páginas web, sem uma normativa específica. "Assim é difícil dizer: isso pode, isso não pode", disse Nayara Pacheco, estagiária de Relações Públicas da Assessoria de Comunicação (Ascom). Em relação às redes sociais, a professora Letícia Cortêz informou que a UFG já possui o Manual de Uso das Redes Sociais e há um controle de dimensionamento do uso da marca institucional nas mídias sociais.

Na sequência, Letícia Cortês falou sobre o papel da publicidade institucional no processo de valorização da marca, sobre a forma como as campanhas são desenvolvidas, refletindo o resultado de estudos anteriores que buscam conhecer os públicos internos e sua avaliação sobre as mesmas. "Na UFG, conseguíamos com mais facilidade ampliar as temáticas", disse referindo-se ao período em que atuou como coordenadora de Publicidade Institucional da universidade. Letícia Cortês citou, ainda, as licitações como um fator limitante ao trabalho da publicidade institucional.

Encontro Temático 1

O uso da publicidade institucional para o fortalecimento da marca foi uma das reflexões propostas pela professora Letícia Cortês (FIC)

Debate
Durante o debate, foi citada a importância da atualização, inserção de conteúdos mais relevantes e de revisão dos sites das unidades e órgãos da UFG, com foco para o público externo; de uma política de tradução das páginas da UFG; do uso de ferramentas e recursos de acessibilidade, a fim de ampliar o acesso, de deficientes visuais, por exemplo; da presença de um profissional designer para atuar nesse tipo de mídia e a valorização do servidor que a executa. "Precisamos respeitar mais as competências dentro da universidade", frisou Cleomar Rocha.

Entre as formas de melhor envolver a comunidade no propósito de contribuir para a comunicação exercida nas unidades e órgãos da UFG surgiram ideias como a criação de manuais, da figura do agente de comunicação, a realização de pequenos cursos de comunicação. A nova política de estágio para os estudantes de Jornalismo e Relações Públicas foi citada como uma boa oportunidade de absorção dos futuros profissionais na própria UFG.

Sobre o trabalho da Publicidade Institucional, o diretor da TV UFG, Michael Valim, sugeriu aos titulares da área repensar os processos das campanhas de forma a integrar os demais veículos de comunicação da UFG. Também convidou os presentes a pensar sobre quais modelos de orientação podem ser oferecidos às pessoas, a fim de melhorar a gestão da comunicação na universidade.

Próximos encontros
As inscrições para os próximos encontros temáticos podem ser feitas neste site ou no local do evento. Serão gerados certificados de participação. Para fins de progressão dos servidores, é necessário participar de 80% da programação, conforme normas do DDRH/UFG. Mais informações em www.politicadecomunicacao.ufg.br.

Fonte: Ascom UFG

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